Os marketplaces têm se tornado um destino de compras cada vez mais comum aos consumidores. Seja pela praticidade de encontrar tudo em um só lugar ou pelas boas condições de preço, o fato é que o comércio online nesses ambientes vem aumentando. Para o empreendedor, que deve aproveitar a alta demanda, também é hora de pensar na otimização logística do marketplace.
No post, você vai entender um pouco mais sobre a dinâmica dessa atmosfera, do conceito ao funcionamento. Além disso, também vai conhecer os principais aspectos logísticos da operação no marketplace e saber quais são as particularidades da gestão de armazenagem e escoamento.
O que é e como funciona o marketplace?
Marketplace é um termo relativamente recente. Traduzido de forma literal, a expressão diz respeito a um “espaço de comércio” — no mundo físico, poderia ser o equivalente aos shoppings centers de tijolo e cimento.
Os maiores marketplaces do Brasil (os mais expressivos são B2W, Mercado Livre, Walmart e Amazon, que dominam o mercado) crescem a passos largos. De acordo com uma pesquisa do Ebit, o canal faturou R$ 73 bilhões em 2017 e expectativa é que continue crescendo.
Os empreendedores já perceberam a oportunidade e têm investido cada vez mais nos marketplaces. Segundo levantamento da Precifica, havia 7.100 vendedores diferentes atuando no canal Walmart, Americanas e Extra no final de 2017. O aumento de players chegou a 13,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O otimismo e a iniciativa são justificáveis: não há limites para as prateleiras virtuais, e o cliente geralmente encontra tudo de que precisa (de eletrônicos a sapatos) em um só clique.
O cotidiano da operação é semelhante ao de um e-commerce tradicional. Na maioria dos casos, o marketplace se encarrega da divulgação do site, com o objetivo de atrair mais usuários dispostos a comprar, e lucra ao cobrar uma porcentagem sobre cada venda.
Ao registrar um pedido via marketplace, porém, cabe à empresa a tarefa de dar andamento à separação e ao envio da mercadoria, lidando diretamente com a logística do escoamento.
Principais características da logística do marketplace?
O marketplace é uma estratégia bastante vantajosa aos negócios da era digital. Mas vale ficar antenado: para uma operação enxuta e lucrativa, algumas características do ambiente devem ser observadas. Confira as principais!
Sincronização de estoque
Não faz muito tempo que o estoque era visto pelos gestores como um capital congelado, mais um problema do que uma solução. Nos novos tempos do mercado, porém, a administração estratégia chegou ao inventário e, agora, mais do que nunca, o estoque é um grande setor de oportunidades.
É evidente que alguns cuidados ainda precisam ser tomados. Quando uma mercadoria excedente não tem vazão, os custos sobem. Quando itens ficam muito tempo parados no galpão, a depreciação corrói os lucros comerciais. E mais: no marketplace, que funciona como um canal adicional, todos os dados têm que estar bem claros, garantindo que pedidos serão atendidos de acordo com o prometido.
Por isso, a sincronização de estoques é fundamental para uma operação enxuta, eficiente e que deixe o consumidor satisfeito. O monitoramento precisa ser rígido e constante, evitando falhas que prejudicam a rentabilidade e afetam a percepção do mercado sobre a qualidade dos serviços.
Análises de consultas
A realidade do estoque nos leva a outro ponto essencial: a necessidade de tornar as análises do negócio uma obrigação cotidiana. Assim como é preciso garantir que os itens estejam disponíveis e sejam corretamente enviados aos clientes, também deve haver controle sobre as demais variáveis da operação no marketplace.
O volume diário de vendas, por exemplo, é um excelente indicador. A evolução semanal, assim como o resultado de uma campanha específica (do próprio marketplace ou via anúncios próprios), é um excelente termômetro para medir a eficácia da operação.
Seleção das melhores soluções
Em se tratando de logística, e certamente um dos pontos mais sensíveis da operação no marketplace, são as muitas possibilidades para o escoamento da mercadoria. Cabe ao gestor decidir qual é a mais adequada ao contexto do negócio.
O dropshipping, por exemplo, permite que a empresa dispense a manutenção de um estoque próprio, firmando parcerias com fornecedores que despacham o item vendido diretamente ao cliente. Neste cenário, entretanto, o lojista perde o controle sobre o envio e, por isso, deve deixar as políticas bem claras ao cliente.
Outra possibilidade é o cross docking (CD), em que o lojista identifica um novo pedido e, sob demanda, solicita a mercadoria ao fornecedor, que a envia a um centro de distribuição. Cabe ao CD, então, despachá-la ao endereço final. Aqui, embora seja uma alternativa com bons lucros, vale ficar atento à qualidade do fluxo de informação entre os envolvidos, evitando transtornos internos e insatisfações do cliente.
O fulfillment, por sua vez, pressupõe que todo o processo logístico — da cadeia de suprimentos à fidelização do cliente — fique sob responsabilidade da empresa que opera no marketplace. Essa modalidade confere controle ao negócio, mas também implica em uma operação bem mais robusta e estruturada.
A solução escolhida deve ser pertinente à realidade da empresa e atender às necessidades logísticas da marca. No marketplace, há muitas possibilidades, e os líderes precisam enxergar as vantagens e as desvantagens de cada uma delas.
Contratação de bons parceiros
Para que tudo funcione da melhor maneira possível, a seleção de bons parceiros é crucial. Certifique-se de que as empresas sejam idôneas e compartilhem do seu objetivo: fortalecer o negócio e prosperar sempre.
Para isso, analise o mercado e converse com especialistas. Tire suas dúvidas, analise propostas e crie uma relação de confiança com seus aliados comerciais. Assim, você garante que a logística do marketplace opere da forma mais rentável possível para o seu e-commerce!
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